sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Aí se eu te pego: versões do hit que dominou o mundo (pelo menos nesse mês)

michel-telo
Você pode até não gostar, mas a música gravada pelo paranaense Michel Teló está fazendo sucesso no mundo inteiro, e bem rápido. É claro, não se trata de nenhuma novidade no cenário pop, mas nesse caso a equação se inverteu, pois geralmente essas canções vem do centro para a periferia, e não o contrário. E “Ai se eu te pego” é por enquanto a canção mais executada nas rádios em todo o mundo. O fenômeno é tão grande que mereceu uma matéria da revista Forbes, em que o novo rei do Country Michel Teló é comparado com Carmem Miranda (aí forçou) e com a Xuxa (o Michel é mais cantor que essa, mas nem se compara em termos de cifras de vendagem de discos, Xuxa tem 4 discos entre os 10 mais vendidos do Brasil).
Aparentemente, o segredo do sucesso é guardado em outro campo que não o da indústria fonográfica, mas nos campos de futebol e nas quadras de basquete. Alguns jogadores famosos, como Cristiano Ronaldo e atletas do Denver Nuggets, contagiados pelos colegas brasileiros, fizeram a clássica coreografia. Daí já era, caiu nas graças do povo e todo o mundo quer dançar e entrar na onda. Por ter uma estrutura pop classica, com um refrão em que é relativamente simples encontrar um equivalente em outra lingua, e um ritmo também de fácil transposição – se fosse um forró tradicional seria mais difícil, mas por ter outros elementos como o reggae, o pop, e o sertanejo, o processo é facilitado – o hit consegue ser tranquilamente transposto para outras linguas. É claro, a questão aqui não é se a música é boa ou não – sucesso não é sinônimo de qualidade, assim como não é sinônimo de dominação cultural. O sucesso do hit nesse caso se deve a uma conjunção de acerto técnico com sorte, à relação dos brasileros com o futebol mundial, à onda dos jogadores de fazer coreografia, aos impulasos “artísticos” dos usuários do youtube de fazer paródias e versões dos vídeos de sucesso, etc, etc. Fatores externos que delimitam e norteiam os internos, e nesse caso pesam mais.
E já que tudo na vida se limita a saber aproveitar as oportunidades, como bem ensinou Machado de Assis, bora aproveitar o sucesso do rapaz pra trazer mais leitores aqui pro blog. Confiram então as principais versões de Aí se eu te pego pelo  mundo afora.
INGLÊS (Apenas uma das versões):
POLONÊS:
ESPANHOL:
ITALIANO:
CATALÃO:
Nem o judeus podem reclamar. Versão pagode em HEBRAICO:
GUARANI:
A versão HOLANDESA, que copiou até a estrutura do clip brasileiro:
FRANCÊS:
Em ALEMÃO macarrônico:
GREGO:
Obviamente, a versão FUNK:
Interpretação em LIBRAS:
Agora sinceramente, eu acho que se a canção valeu pra alguma coisa, foi principalmente por causa desse vídeo aqui. O ridículo do militarismo e, ao mesmo tempo, a literaridade cruel que ganham os versos “Assim voce me mata \ ai se eu te pego”:

3 comentários:

  1. ótimo texto, como todos aqui do "escapar...".
    Analítico e sem arrebatamentos pseudo-intelectuais. Já que a fúria dos defensores da "qualidade da música brasileira" está enchendo o saco.

    Vai uma dica de uma versão dessa canção que faz sucesso aqui em Porto Alegre
    http://www.youtube.com/watch?v=1oshpX3IqJU

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  2. Valeu Tia véia pelo comentário, e por ter compartilhado o link dessa versão do Teló com choque. Abraços.

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  3. achei interessantíssimo a versão funkeira ter mexido na letra, foi a única que brincou com a música desse jeito.

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